Às vezes nós só queremos desaparecer, sumir do mapa, fingir que não existimos, só para não magoa as pessoas que amamos. É triste ver pessoas machucadas e magoadas por causa de nossos erros, isso dói, lá no fundo nós sabemos disso, quando vemos essas pessoas chorarem por nossa causa, é como se nosso mundo despencasse, como se as estrelas caíssem em cima de nós. Mas quando percebemos que isso aconteceu ou está acontecendo já é tarde demais. Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com isso e não deixar acontecer de novo no futuro, mas por incrível que pareça, nunca podemos evitar, é como se o tempo todo fossemos como umas bombas relógio, sempre prestes a explodir, e quando explodimos magoamos, machucamos e ferimos a todos ao nosso redor. Às vezes perdemos amigos queridos nessas grandes explosões, e é nessas explosões que conseguimos ver com quem podemos realmente contar e com quem não podemos. Aqueles que realmente se importam conosco, estarão lá durante a explosão, se ferirão como todos os outros, mas serão os únicos a nos perdoar, os únicos a limpar nossas bagunças e dizer que tudo vai ficar bem, mesmo que isso seja mentira. Os únicos a dizer que até nesses momentos estarão por perto para nos acalmar. Os únicos que saberão como desativar essa bomba. É por isso que preferimos ficar sozinhos, pois temos medo de descobrir quem vai continuar ao nosso lado e quem virará as costas em vez de ajudar a arrumar a bagunça. Mas as pessoas que ficarão, serão aquelas de quem nós nos lembraremos e que carregaremos em nossos corações pelo resto de nossas vidas. Que sempre poderemos contar para nos ajudar a limpar nossas sujeiras. Acredito que devemos tentar desativar nossas bombas sozinhas e, também, ajudar a desarmar as bombas de nossos amigos, para eles verem que também estaremos lá sempre que necessitarem.
Júlia Cometti